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Crónicas de uma mãe atrapalhada 2: O Meu Menino Talismã

Um dia escrevi sobre as aventuras e desventuras das delícias da maternidade e do milagre da vida! Este é a continuação dessas aventuras com um menino especial com autismo e um raro síndrome de deleção 18P

Crónicas de uma mãe atrapalhada 2: O Meu Menino Talismã

Um dia escrevi sobre as aventuras e desventuras das delícias da maternidade e do milagre da vida! Este é a continuação dessas aventuras com um menino especial com autismo e um raro síndrome de deleção 18P

Oh não! Uma prenda de anos indesejada de novo!!!!

“Quando o meu filho nasceu, parece que irei os Deuses.”

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“Quando o meu filho nasceu, parece que irei os Deuses.” Foram tantos os acontecimentos bizarros na minha vida, durante a gravidez e logo após o nascimento que usava esta frase frequentemente. A verdade, é que há duas datas em que ela me ocorre frequentemente o 1 de Novembro pelos motivos que já expliquei aqui e o dia de aniversário dele.

   É raro o ano que não aconteça algo bizarro ou no dia do aniversário ou nos dias anteriores ou nos dias seguintes.

  Nascimento do Gonçalo: parto maravilhoso no Hospital dos Lusíadas, equipa fantástica, com um obstetra fantástico, o meu único arrependimento é  ter deixado  a enfermeira convencer-me a levar epidural. Provavelmente não terei  mais filhos, mas eu sou a mãe que diz que prefere cem vezes as dores de parto à epidural. E posso dizê-lo porque tive as duas experiências. Mas voltando ao que dizia:

 Durante dias vivi numa nuvem de felicidade suprema, ao terceiro a minha filha na altura com seis anos entra-me pelo quarto adentro e vomita. Ela e o pai foram imediatamente para as urgências. Aniversário de um ano do Gonçalo, toda a gente à minha espera e eu a resolver uma inundação súbita na cozinha 15 minutos antes do almoço que tinha marcado.   Dois anos do Gonçalo  uma “ virose “.  Três anos  toda a família com Gastroenterite.  Aos quatro anos do Gonçalo tivemos um descanso merecido .  Cinco anos a Gastroenterite voltou a atacar em força. Seis anos, Gripe do Gonçalo. Aos sete anos do Gonçalo tive eu uma gripe com infeção respiratória e agora aos oito????

  Aos oito  estava a correr tudo bem, como economicamente estamos muito apertados a ideia era ir jantar ao seu local favorito “O Burgo” vulgo Mac Donalds e depois logo víamos.  Ao regressarmos a casa, estava cada um para seu lado a arrumar as coisas. Só o ouvimos gritar! A irmã que foi a primeira a chegar ao pé dele e diz que o viu andar a coxear.  O pai foi logo ajudar e pô-lo na cama. Pensámos que se tivesse só magoado e passasse. Porém  já de madrugada ouço-o gritar de dor e não havia maneira dele se calar. Tivemos de lhe dar um medicamento par as dores.

  De manhã estava mais calmo , mas o  pézinho esquerdo muito inchado e ele que nunca pára quieto, recusava-se a mexer. Lá fomos com ele para o Hospital assim que o pai chegou, porque eu sozinha com ele sem andar ( lembro que ele já pesa mais de 40 Kg) não conseguia.

Fomos às urgências dos Lusíadas onde fomos excecionalmente bem atendidos, apesar de se terem esquecido de nós na mudança de turno, tirando esse pequeno contratempo e a primeira técnica de radiologia teimar comigo para pôr a criança de pé quando esse era o problema dela…

Bem mas de resto temos de agradecer a cedência logo de inicio da cadeira de rodas  e elogiar a atenção da auxiliar a Senhora Suzette   ( que ainda por cima era loira de olhos claros e aqui o puto parece ter um fraquinho ) , fora de brincadeiras, foi super amorosa com o Gonçalo, brincou com ele distraiu-o, ajudou, quando tivemos que repetir a radiografia com uma outra Técnica de radiologia que facilitou todo o processo, arranjando uma técnica de  o por na marquesa sentando e elevando-a fazendo parecer uma brincadeira que ele adorou. A tonta da mãe é que ao ajudar a deitá-lo sem querer pisou um pedal e tirou uma radiografia maluca.

O médico quando viu aquilo viu a olhar que raio de  exame é este e depois lembrei-lhe e contei o sucedido, e acabámos todos a rir com a minha aselhice.

Quanto à D. Suzette aqui a paixão do vendido,( filho desnaturado) já era tanta que quando ela lhe perguntou se sabia o nome dela respondeu mamã, o que fez com que se derretesse todo e eu , o pai e a irmã nos ríssemos. O Gonçalo como especialista que é nisso encheu-a de abracinhos e beijinhos.

Para concluir uma semana de repouso, gelo ( quase nem é preciso com o frio que está)  Brufen para as dores e uma semana  de gazeta à escola porque não conseguimos pôr a andar de muletas e temos medo que com elas, ele caia e se volte a magoar.

A Bá está com gripe. . Eu e o pai também além de uma dorzinha de costas extra de transportarmos o nosso “Lontrinho”. Enfim parece que aqui a “tradição” infelizmente para este ano mantém-se …

1 Grasnado

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