Não sou corajosa, sou somente MÃE!!!!
Naquele dia a consulta do Gonçalo demorou mais e ele já estava cansado. Mas o que ainda demorou mais foram as marcações dos exames e das consultas que faltavam. Dentro do Hospital o calor era insuportável. Lá fora chovia e estava frio.
E o Gonçalo que não gosta de esperar, que não gosta de multidões, que não gosta de estar parado queria correr pelo Hospital a dentro desenfreado.
Consegui que parasse um bocado quando fomos ao bar. Mas assim que acabou de comer desatou de novo a correr. Lá fui eu atrás. “Desculpe” “Desculpe” ia dizendo e as pessoas olhavam para ele e para mim. Já cansada tentei pará-lo atirou-se ao chão. A Segurança do Hospital dirigiu-se a mim. Ele prostrado no chão eu a tentar erguê-lo. Expliquei o que se passava e respondeu-me:
-Acho as mães destas crianças como a senhora tão corajosa.
E eu respondi:
-Obrigada, mas no que me diz respeito não sou corajosa, sou apenas uma mãe que ama o seu filho! E o amor de mãe é incondicional.
Foi nesse dia que cheguei a casa e escrevi “O meu pequeno Herói”.