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Crónicas de uma mãe atrapalhada 2: O Meu Menino Talismã

Um dia escrevi sobre as aventuras e desventuras das delícias da maternidade e do milagre da vida! Este é a continuação dessas aventuras com um menino especial com autismo e um raro síndrome de deleção 18P

Crónicas de uma mãe atrapalhada 2: O Meu Menino Talismã

Um dia escrevi sobre as aventuras e desventuras das delícias da maternidade e do milagre da vida! Este é a continuação dessas aventuras com um menino especial com autismo e um raro síndrome de deleção 18P

EU FUI VÍTIMA DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA!!!

#EuViVO

EU FUI VÍTIMA DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA!!!

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Recordar um parto onde após uma gravidez em que tudo tinha corrido bem, quase que ia perdendo a minha filha não é fácil.
Entrei já com as águas rebentadas. Enviaram-me para ser rapada e eu já estava rapada, mesmo dizendo que como já estava rapada não era necessário, insistiram e fizeram-no contra a minha vontade.
Deambulei pelos corredores com as águas a correrem-me pelas pernas abaixo, durante algum tempo, sem ter sitio para me sentar ou descansar se assim o desejasse. Após algum tempo arrajaram-me uma cama .Fui entregue a um enfermeiro estagiário sozinho sem orientação de ninguém que me ligou ao CTG. E depois de ser chamado para atender outra grávida. Fiquei ali sozinha sem ninguém aparecer.Ao sentir um enorme puxão e uma contração muito dolorosa ia chamar alguém, quando me apareceu uma enfermeira que pôs toda a equipa a mexer. A minha filha não nascera sozinha porque tinha a mão na testa e estava a sufocar.
Para não me fazerem cesariana fizeram manobras com as mãos para lhe tirarem a mão da testa, estas causavam-me dores horríveis e sempre que gritava de dor , gritavam para me calar.

Pedi para chamarem o meu marido negaram-me.

Dei entrada na sala de partos a dizerem-me que que não queriam que ninguém assistisse porque não sabiam se aquele parto ia correr bem.

Perante a demora do obstetra ouvi a enfermeira que alertara a equipa( e a quem devo a vida e a saúde) da minha filha dizer que algo corresse mal naquele parto me apoiaria numa queixa. A minha filha nasceu sem oxigénio e após me ser dada a conhecer foi levada para ser posta a oxigénio Durante o parto fizeram-me a episiotomia sem me perguntarem se concordava. No final do parto após os pontos da episiotomia esqueceram-se de mim nua , presa à marquesa. Foi em vão chamar alguém.Só fui retirada quando foram preparar a sala para outro parto .
Por isso não hesitei em dar a cara e a voz para que mais nenhuma mulher passe pelo mesmo.
Se tens uma história de violência obstétrica para contar junta-te a nós.

Junta-te ao movimento 

 @violênciaobstetrica.pt 

#EuViVO

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