Ele chamou-me pai…
Hoje foi dia de reunião com o professor de educação especial, que infelizmente para ele e para mim é contratado, pois se não o fosse poderia continuar a acompanhar o Gonçalo mais tempo.
A reunião decorreu muito bem, mais em tom de conversa amena do que de reunião informal, o que coordena comigo. Explicou-nos como funcionava o programa do computador que lhe foi atribuído pelas suas características. O Gonçalo foi ter connosco e demonstrou com a ajuda do professor as suas atividades. O professor apenas se queixou do mesmo que, eu me queixo da relutância que ele tem em ficar sentado e trabalhar, mas que acabava por o conseguir. Comentou que ele era um mimalho e mesmo na nossa frente o Gonçalo foi ter com ele e dar-lhe um beijinho na bochecha.
Contou-nos das dificuldades que teve para registar o software, tarefa que realizou durante as férias de Páscoa. Comentou que o Gonçalo tem evoluído muito e que gosta muito de fotografar e ser fotografado.
Depois disse que ás vezes o menino fazia birras e chorava quando tinha de trabalhar, mas que achava que tinha conseguido estabelecer um aboa relação com ele. Um pouco atrapalhado contou-nos:” -No outro dia no Intervalo, chamou-me pai!”
Eu e o meu marido sorrimos e dizemos que achávamos ótimo, para nós quer dizer que ele se sente acarinhado pelo professor, da mesma forma que que se sente acarinhado por um de nós.
Como disse, é pena que apenas o acompanhe este ano.