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Crónicas de uma mãe atrapalhada 2: O Meu Menino Talismã

Um dia escrevi sobre as aventuras e desventuras das delícias da maternidade e do milagre da vida! Este é a continuação dessas aventuras com um menino especial com autismo e um raro síndrome de deleção 18P

Crónicas de uma mãe atrapalhada 2: O Meu Menino Talismã

Um dia escrevi sobre as aventuras e desventuras das delícias da maternidade e do milagre da vida! Este é a continuação dessas aventuras com um menino especial com autismo e um raro síndrome de deleção 18P

"E se tivermos um filho com problemas seguimos a gravidez em frente? "

O desafio da Paternidade quando a deficiência surge

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"E se tivermos um filho com problemas seguimos a gravidez em frente? " perguntei eu, grávida da Bárbara na época. " Não  estou muito para aí virado, acho que não." Foi a resposta que ele me deu e eu fiquei intimamente em pânico e desiludida com a resposta. O homem por quem me apaixonara, aquele que se preocupava em dizer "Bom dia" a um pastor por poder ser a unica pessoa com quem o pastor tinha falado naquele dia, tirara-me o chão dos pés A Bárbara nasceu sem grandes problemas apesar de um parto complicado. E os anos passaram. Fomos abençoados com o Gonçalo. Era um bebé mais tranquilo, mais dócil, mas cheio de vida e até aos dezoito meses saudável. Quando surgiram os problemas do Gonçalo dizia que era paranoia minha. Mas infelizmente não era e eu fiquei de novo em pânico sem chão, com medo que ele rejeitasse o filho que tanto o amava, com medo que ele me deixasse. Com medo de viver a história que ouvi da boca das mães dos meus alunos que tinham tido diagnósticos semelhantes. Mas já os romanos diziam "res non verba" ou seja atos e não palavras. E, depois do diagnóstico confirmado,  ao contrário das expetativas o pai surpreendeu-me e ao contrário do que tinha dito ficou e fez o papel dele, ficou ao meu lado a apoiar o filho para tudo e o meu coração de mãe serenou.  Doeram-me aquelas palavras mas a verdade é que ficou e todos os dias luta pelo bem estar do filho.  E no entanto conheço quem tivesse dito que para si não era problema e quando os problemas dos filhos surgiram, deixaram-nos sós com as mães. Existe também a situação inversa mas a percentagem é muito menor. Por isso o que conta não é o que diz é o que se faz.  Um bem haja a todos os pais e mães que lutam pelo bem estar dos filhos com a força do amor incondicional.