Da Gratidão e afins
Diz-se que hoje é o dia da paz e da gratidão. Não faço diário da gratidão e ainda tive para fazer um pote da gratidão, pois achei a ideia gira. Gratidão para mim é um sentimento genuíno, não é algo que eu tenha que procurar, para encontrar um motivo para ser grata.
Quando tive a Bárbara, fui grata pela enfermeira que moveu a equipa para que a minha filha nascesse sã e salva Fui grata quando a minha filha ainda uma miniatura de gente me disse que era muito feliz.
Sou grata por ter escolhido o pai dos meus filhos e ele a mim.
Sou grata pelo meu filho, pois apesar de todas as barreiras que a vida lhe tem posto à frente é um miúdo fantástico. Está sempre a sorrir e o brilho que traz no olhar difícil de igualar. Ser mãe dele ensinou-me que todos os dias tenho motivos para estar grata, cada pequena evolução dele por mais banal que seja é uma conquista que celebramos.
Sou grata por ter um teto que me abriga, uma cama para dormir, roupa para vestir e comida para pôr na mesa.
Sou grata por ter trabalho.
Sou grata pelos amigos que tive, pelos que tenho e pelos que terei.
Sou grata pelos professores que tive.
Sou grata pela infância que tive. Sou grata por ter sobrevivido á Guerra na Infância.
Sou grata por tudo o que sou com todos os defeitos que tenho, que por vezes coincidem com as qualidades.
Sou grata pela minha vida com as todas as coisas más que vivi e que me ensinaram a valorizar as boas.
Sou grata por tudo o que a Natureza me dá.
Sou grata por tudo o que tenho.
Por isso da última vez que me perguntaram: ”se amanhã acordasses só com o que hoje agradeceste com o que acordarias?
Respondi com um sorriso sereno: “Acordaria com tudo o que tenho”
É por isso que não faço nem diário e acabei por não fazer o pote da gratidão porque depois de muito refletir cheguei à conclusão que faz parte da minha essência sentir gratidão.
Não quero com isto dizer que não haja momento da minha vida em que a sinto mais presente.
Apenas que está sempre presente.