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Crónicas de uma mãe atrapalhada 2: O Meu Menino Talismã

Um dia escrevi sobre as aventuras e desventuras das delícias da maternidade e do milagre da vida! Este é a continuação dessas aventuras com um menino especial com autismo e um raro síndrome de deleção 18P

Crónicas de uma mãe atrapalhada 2: O Meu Menino Talismã

Um dia escrevi sobre as aventuras e desventuras das delícias da maternidade e do milagre da vida! Este é a continuação dessas aventuras com um menino especial com autismo e um raro síndrome de deleção 18P

Ser mãe do Gonçalo é um desporto radical a tempo inteiro

Sim, sim tenho andado ausente. Final do terceiro período é sempre complicado, ainda mais quando tive de fazer uma paragem forçada e a seguir o trabalho foi a dobrar…

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 Deixem-me pôr as notícias em dia que tenho muito que contar. O Gonçalo é uma criança cheia de vida e energia. Ao bicho carpinteiro normal herdado de pai e mãe, acrescenta uma hiperatividade própria também não só do autismo, mas da inquietude adquirida quando ficou sem ouvir. Ora outras das características é a teimosia, o que faz com que nadar com o Gonçalo sozinha, com ele a corre de quarta a fundo como costumo dizer seja equivalente a praticar um desporto radical. Para já o Gonçalo não toma medicação por comum acordo de pai e mãe e consultados os professores, professoras e técnicos que o acompanham.  Para já só mesmo o Melamil ( melatonina) para regular o sono e nem sempre.

Ora já foi há cerca de três semanas que no parquinho de estacionamento, ao pé do ATL dele , eu lhe pedia para ele para e olhar se passavam carros quando ele me puxa pela mão  de repente, ao tentar puxá-lo para trás desequilibrei-me, dei um trambolhão, fui beijar o chão e fiquei no estado que podem ver nas fotografias. Para ajudar a isso como tentei amparar a queda pondo as mãos no chão fiquei com estas todas inchadas, o pulso torcido e daí evitar de escrever, porque me custava e doía. Ainda dói, mas muito menos.

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 Estava uma senhora a sair de um Peugeuot cinzento que assistiu a tudo e como me viu cheia de sangue teve a delicadeza de perguntar se precisava de ajuda, pedi à senhora que me levantasse o Gonçalo, pois tinha medo que passasse algum carro e a senhora gentilmente acedeu ao meu pedido. Agradeci a senhora e, entretanto, lá consegui levantar o meu corpinho Danone e ver se o Gonçalo se tinha magoado, mas ele nem um arranhão teve.

  Bem como podem ver na Fotografia ganhei um acessório novo para a mão muito fashion.

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Como podem ver, acho que há desportos radicais mais seguros que passear com o Gonçalo.

Cheguei a casa e disse ao pai do Gonçalo , agora era a altura em que eu dizia:

“- Devias ver como ficou o outro tipo! “- Rimo-nos e concluímos em coro.

“-Felizmente ficou bem!”

 

Pois já passaram três semanas e ainda me doi o corpo todo...